quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Igualdade.


DISTRITAIS COBRAM DA AGEFIS IGUALDADE NAS DERRUBADAS DAS INVASÕES.
Deputados protestaram pelo fato de as derrubadas estarem sendo realizadas apenas em regiões administrativas de médio e baixo porte econômico.

As derrubadas realizadas pela Agefis, em especial as que tem ocorrido em Vicente Pires, chamaram a atenção dos distritais que cobraram explicações a diretora-presidente da agência, Bruna Pinheiro

A diretora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, durante encontro com os distritais
As derrubadas realizadas pela Agefis (Agencia de Fiscalização do Distrito Federal) nos últimos meses, em especial a que tem ocorrido em Vicente Pires esta semana, chamaram a atenção dos distritais, que cobraram explicações a diretora-presidente da agência Bruna Pinheiro. Durante a reunião de líderes na Câmara Legislativa nesta quarta-feira (5), eles pediram mais transparência e igualdade no tratamento dos casos.
Deputados protestaram pelo fato de as derrubadas estarem sendo realizadas apenas em regiões administrativas de médio e baixo porte econômico, mas em regiões como a Orla do Lago Paranoá, considerada de padrão econômico alto, as derrubadas não têm sido realizadas.
O deputado Wasny de Roure (PT) criticou as ações em Vicente Pires e questionou o funcionamento da Agefis nas derrubadas. “Não acredito que, no caso de Vicente Pires, fosse necessário a derrubada, quando se poderia ter feito o remanejamento da área onde serão construídos os equipamentos”, protestou Wasny, que questionou: “Foram construídas 25 casas em quatro meses, onde estava a fiscalização nesse período?”.
A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), também engrossou o coro sobre o que os distritais chamaram de excesso, mas apoiou as ações da Agefis. “As ações da Agefis e do governo para combater as invasões no DF encontram o apoio da Câmara Legislativa, mas cobramos mais fiscalização para evitar que as pessoas que construíram nessas regiões percam tudo o que investiram”, declarou Celina.
A presidente classificou como omissa a fiscalização da Agefis em relação as invasões e cobrou o aumento do combate a grilagem. Ela afirmou que os deputados pediram o mesmo tratamento para todas as regiões administrativas.
“Tivemos uma conversa para deixar transparente as ações da Agefis. Os deputados pediram para que déssemos transparência nas ações da Agefis e isonomia, que foi o demonstrado a eles”, afirma Bruna Pinheiro.A diretora-presidente defendeu a agência das acusações de privilegiar localidade mais ricas e responsabilizou a Justiça.
“As derrubadas da Orla do Lago ainda não ocorreram por determinação judicial. Assim como em Vicente Pires, onde sete casas permaneceram de pé, bem como em outras localizações, tudo por decisão judicial . A Justiça está dando liminar na Orla, na classe média, na classe baixa e nós respeitamos as liminares. Uma vez sendo derrubada as liminares, todas as remoções serão feitas”, garantiu a diretora-presidente.
Em relação a queda da liminar Bruna afirma que a Agefis, apesar de já terem se passado duas semanas, ainda não tomou conhecimento do documento. De acordo com ela, por ter condicionantes, a Procuradoria-Geral do DF está analisando para, só depois, repassa-la para a agência.
A respeito da acusação do governo se portar de forma repressiva, Bruna Pinheiro rebateu a acusação. “Primeiro não é repressão, pois o que estamos fazendo e a proteção do que é público. O que é público é de todos e não de um grileiro. O governo está estabelecendo um parâmetro muito claro não permitindo novas invasões. As invasões antigas estão sendo regularizadas, mas é preciso dar um basta nessa situação. Brasília está sofrendo problemas de infraestrutura e transporte justamente pelo crescimento desordenado da cidade nos últimos 20 anos”, contra-atacou a diretora-presidente.
Bruna Pinheiro anunciou que nos próximos dias será divulgado um demonstrativo de espaços em Vicente Pires que receberam equipamentos públicos, como escolas, praças públicas, centros de saúde, entre outros.

Fonte: Fato Online

solnascentehoje.blogspot.com

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