quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Opinião!

Júnior Lopes
A integração no centro de Taguatinga começou na segunda-feira, dia 21 de janeiro, com muita expectativa, presença da imprensa e de fiscais em peso, além de poucas informações absorvidas pelos usuários. Os ônibus passavam no horário até de dois em dois. Era o governo mostrando serviço no primeiro dia de mais uma mudança no transporte.

Após a pompa da estreia, começa a realidade, aparecem os problemas. Mas eles não são encontrados somente a partir dos “vários pontos de integração no centro de Taguatinga”, mas começam desde os locais de origem das linhas de ligação. Mais uma vez tem-se uma iniciativa mal feita do GDF para melhorar o transporte. A publicidade do governo diz que o usuário economiza e chega mais rápido, mas o que realmente acontece é que a economia é indiferente para quem já utilizava linhas que seguiam direto para o Plano Piloto e não há rapidez nas viagens, uma vez que as linhas de ligação rodam muito mais dentro de Ceilândia, por e
xemplo, e não passam com frequência necessária para chegar ao destino no tempo desejado.

A insatisfação aumenta nos pontos de integração, aliás, ali há desordem e falta de estrutura para atender ao número de passageiros, não há abrigos o suficiente para acomodação em dias de chuva ou de calor. As três paradas instaladas ultimamente não suprem a necessidade. O principal, sem dúvida, é o incômodo de desembarcar de um coletivo no qual se tem certo conforto de estar sentado (ou não) e, após a integração, seguir viagem no sufoco. Isso não aconteceria se houvesse uma distribuição inteligente das 57 linhas que ligavam Taguatinga e Ceilândia ao Plano Piloto, Guará, SOF Sul e Núcleo Bandeirante.

Na verdade, a integração é uma solução pensada para o benefício das empresas e apenas disfarçada como solução que ajudará os trabalhadores de Ceilândia e Taguatinga. Ontem, dava para perceber a indignação das pessoas que esperavam um transporte e que chegariam atrasadas em seu destino.

A imprensa cobriu o primeiro dia focando na falta de informação e no prejuízo das pessoas que utilizam somente dinheiro. Mas a falta de informação não pode ser colocada como problema principal, pois foram distribuídos folhetos explicando o funcionamento – não se pode omitir que não havia claramente a informação de que as outras linhas que ligavam as cidades aos destinos integrados não rodariam. Talvez o problema esteja nas pessoas que não sabem ler as informações e nem buscam saber o que pode interferir nas suas vidas. Quanto à imprensa, as notícias mal elaboradas, feitas a partir de cópias dos releases e de notícias publicadas pelo governo não prestam o devido serviço de informar corretamente.

E aí? Alguém se manifesta e faz chegar aos ouvidos das autoridades ou vamos ficar parados e aceitar mais uma vez?

Fonte: Júnior Lopes
           solnascentehoje.blogspot.com

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